sábado, 27 de março de 2010

Tokyo Magnitude 8.0


Peguei por acaso na net informações sobre este anime. Procurava imagens sobre terremotos para ilustrar um trabalho de meu sobrinho de 11 anos e me deparei com sites e blogs estrangeiros falando que ele foi aclamado como um dos melhores animes exibidos em 2009.
Claro que com a temática: o que aconteceria se um terremoto de magnitude 8.0 atingisse Tóquio?, como não se sentir atraída para ver?
Comecei a assistir em dois dias terminei de ver tudo! É algo que prende mesmo a atenção!
 

A série Discussão Anime é centrada em animes que levam a discussões e tem conteúdo que estimula reflexão, direcionadas principalmente para adultos.
Mostra que o Japão tem muito mais a oferecer em suas animações do que super adolescentes que podem destruir o mundo com um soco e calar a boca de quem vive achando que anime é “coisa de criança”.
Tokyo Magnitude 8.0 é um drama dividido em 11 episódios emocionantes. 


Centrada em torno de Mirai e seu irmão Yuuki, que são apanhados no meio de um terremoto forte enquanto visitavam uma exposição do outro lado do distrito, e tem que fazer a perigosa viagem de volta, afinal, de trem levou boas horas para chegar e precisam voltar a pé para casa.
 Eles imediatamente encontram Mari, uma jovem mãe solteira, que promete ajudá-los a voltar, depois de um ligeiro desvio para a casa dela, onde ela espera que sua filha e mãe estejam bem.
Mas não será fácil...
A animação é incrível e retrata fielmente os acontecimentos que envolveriam um desastre deste. A ação do resgate, das pessoas envolvidas, aquelas que esquecem seus problemas para ajudar quem precisa e claro, os que só pensam em se salvar.
Mirai é uma personagem fascinante, ela começa como uma pré-adolescente estressada, vai aos poucos amadurecendo, sem perceber, em sua difícil volta para casa.


Não pretendo contar muito, pois aí cometeria o erro de dar spoilers, mas aviso que o final emociona e surpreende, embora alguns tenham dito que não gostaram do final, a grande maioria, entre eles euzinha aqui, aplaudiu!
Eu recomendo a todos que vejam esta obra prima.
Você encontra este animê nos melhores sites de animação da net!






sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Plágio muito descarado! ¬¬

Voltei do mundo dos mortos para denunciar um plágio muito descarado. #haha

A autora Nathy.vieira veio a plagiar um fanfic de Saint Seiya chamado O mito do Amor Eterno, de autoria de Arthemisys. O fic em questão foi publicado em 21/06/2004 e finalizado em 03/04/2005.

A dita "autora" nem sequer se deu o trabalho de mudar cenas ou diálogos, simplesmente retirando os personagens de Saint Seiya e colocando os de Inuyasha.

Acho esta atitude desrespeitosa tanto com a autora de CDZ, Arthemisys quanto com os leitores de Inuyasha.

Peço a quem a conheça, que ela retire o fic plagiado do ar.
Links para que confiram a veracidade da denúncia:

Fic da Arthemisys: http://www.fanfiction.net/s/1923145/1/O_Mito_do_Amor_Eterno

Plágio da Nathy.vieira: http://www.fanfiction.net/s/5086474/1/O_mito_do_Amor_Eterno

Obrigada pela atenção. #25#

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fanfics da Gincana Miss Sunshine=2010


Já é a Terceira Edição do Miss Sunshine pelo Fórum UMDB e vem com sucesso totoal entre os Ficzeiros!
Segundo as palavras da Videly: "Resumindo o que todo mundo já sabe, a Dona Miss Sunshine (aka Nielita XD) resolve um certo dia desafiar o povo do fórum a escrever 100 fanfics de diversos temas diferentes, com o limite de 350 a 3.000 palavras, no prazo aproximado de três meses, com uma qualidade de                                                                                                        texto no mínimo decente."

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Jogando Xadrez
FF-Sol 100 Temas- Desafio Miss Sunshine 2010”
Tema: Xadrez.

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Santuário, casa de Áries.
Estava Mu, cavaleiro de Ouro que protegia esta casa, realizando algo que há muito estava adiando. Ora devido às armaduras que esperavam por conserto, ora a própria falta de vontade de fazer isso. Limpar sua oficina e jogar fora tudo o que não havia mais utilidade.
Acabou achando entre as inúmeras quinquilharias um velho tabuleiro de xadrez e suas peças intactas e guardadas. Ele havia dado a Kiki e o garoto nunca havia dado a devida atenção ao jogo, ou guardado adequadamente.
Relembrou do tempo em que jogava xadrez com o mestre Shion para passar o tempo e exercitar a mente e sorriu. Correu para o lado de fora da Casa de Áries e olhou para os lados, procurando qualquer um para jogar xadrez com ele. Viu Seiya descendo as escadas, vindo de Touro, assobiando despreocupado.
-Pégasus, vem cá!-chamou Mu.-Está ocupado agora?
-Não. Estou folgado.-respondeu o rapaz com ar curioso.-Algum problema?
-Não. Na verdade queria te convidar para jogar xadrez comigo. Você sabe jogar?
-Claro que sei!-Pégasus ficou entusiasmado.-Aldebaran me ensinou outro dia.
-Ótimo!-Mu sorriu, ele havia ensinado Aldebaran a jogar e ele fora um excelente aluno.
Colocou o tabuleiro numa mesa e arrumou as peças. Seiya fez questão que Mu começasse, e ele o fez, movendo um peão duas casas. Ficou esperando Seiya fazer a jogada dele. Esperou um minuto...dois...cinco...
-Seiya.
-Hm?
-Não vai fazer a sua jogada?
-Calma que estou analisando friamente a sua jogada.
-Seiya.
-Hm?
-Eu só movi um peão. Que jogada você está falando?
-No xadrez, cada jogada é essencial para definir o vencedor!-dizia Seiya seriamente e Mu teve que concordar com isso.
Por isso o ariano cruzou os braços e esperou pacientemente que ele fizesse a jogada. Esperou mais cinco minutos, dez...Seiya fez menção de mover uma peça, Mu ficou ansioso, Seiya balança a cabeça negativamente e volta a pensar por mais dez minutos, vinte minutos e...
-FAZ LOGO A JOGADA, PÉGASUS!-gritou Mu, assustando o japonês.
-Calma, cara. Eu não te apressei quando você jogou, oras.-diz contrariado, movendo um peão uma casa para frente.-Sua vez.
Mu respirou fundo para se recuperar -não iria deixar algo tão bobo estragar seu dia- e voltou a olhar para o tabuleiro, ia mexer em um cavalo quando Seiya o interrompeu.
-Espera! – ordenou.
Mu parou com a mão sobre a peça e olhou incrédulo o cavaleiro de bronze fitar as peças do tabuleiro como se fosse um maníaco, com olhos arregalados.
-O que está fazendo?-perguntou, com medo da resposta.
-Estou jogando mal olhado em sua jogada.-Seiya respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.
-Jogando mal olhado?-voltou a perguntar com cautela.
-É. É um truque que aprendi com o Aldebaran. Ele diz que temos que lançar mal olhado nas jogadas do adversário.-respondeu sem desviar o olhar da peça sobre qual Mu ainda mantinha a mão sobre ela, suspensa.
Mu piscou algumas vezes para ter certeza do que ouvira e depois perguntou com cautela:
-Posso mover minha peça agora?
-Ainda não.
Seiya começou a mover a mãos sobre as peças, fazendo caretas. Mu o olhou sem acreditar, constrangido.
- Em nome de Atena, o que está fazendo?
-Estou fazendo uma mandinga que o Máscara da Morte me ensinou para azarar suas peças e assim você fará uma jogada errada!-ainda fazendo gestos e caretas.
Uma gota clássica escorreu pelo rosto de Mu, que contou mentalmente até dez. Se fosse fazer uma jogada errada seria porque Seiya estava fazendo micagens na sua frente. Imaginou o quanto Máscara da Morte teria rido ao ensinar o cavaleiro a fazer esta “mandinga”.
-Terminou?
-Só um momento.-Seiya voltou a fitar o tabuleiros, Mu passou a mão nervosamente pelo rosto.-Agora pode.
Mu respirou fundo e fez a jogada com o cavalo. Agora era a vez de Seiya, que fitava o tabuleiro. Ele ficou assim por cinco minutos e a paciência do ariano estava em seu limite.
-Pensando na sua jogada, ainda?-perguntou Mu maldizendo o momento que decidiu limpar a sua oficina.
-Não. Estou enviando bons fluídos para as minhas peças e...
-CHEGAAAAA!!!- bradou o cavaleiro de ouro.
Em seguida, Seiya é lançado por Mu porta afora da Casa de Áries, que por pouco não atinge Shaka -que habilmente desvia-se do rapaz instantes antes dele passar- e o máximo que ocorre é o leve balançar dos longos cabelos loiros do cavaleiro de ouro, seguido pela expressão de espanto no rosto do mesmo ao abrir os olhos para ver Seiya praticamente limpar o chão do átrio de entrada com o rosto.
-Pelo Iluminado! O que houve?
Seiya fica sentado imediatamente, gemendo muito, segurando a hemorragia nasal com ambas as mãos enquanto Shaka se aproximava.
-Seiya, o que houve?
-É o Mu que não sabe perder. Eu estava ganhando no jogo de xadrez e ele teve esta reação...aiaiaiai...
-Por Atena, eu não sabia que Mu era tão mal perdedor e...
Um tabuleiro de xadrez é lançando de dentro da casa e acerta a nuca de Seiya, que quica e cai nas mãos de Shaka, que habilmente o pegou no ar.
-Viu?-Seiya apontando para o tabuleiro, com a cara novamente no chão, gemendo.
-Buda, ilumine os que se entregam a ira inutilmente.-Shaka faz uma prece e suspira.-E você? Está bem?
-Sim...-Seiya fica em pé, esfregando a nuca dolorida e olhando de Shaka para o tabuleiro.-Quer jogar xadrez?
Fim (?)


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Somos todos Plagiadores








Domingo, dia 27 de dezembro de 2009, ocorreu um fato que eu considero no mínimo engraçado. Fui acusada de plágio!

Não. Calma aí. Deixa eu explicar a visão de plágio da pessoa e quem é a pessoa em si.

Estava eu, num chat de RPG no orkut quando pedi a opinião de alguns colegas acerca da edição de imagem de um art meu. A personagem era a Tenebra, deusa das trevas, do mangá brasileiro Holy Avenger, muito conhecida pelos brasileiros fãs dos quadrinhos e do sistema de jogo para RPG de Tormenta.

Aí perguntaram se eu tinha outras personagens de H.A para mostrar, e eu disse que sim, inclusive havia desenhado a Niele.

Neste momento, apareceu o conhecido Kamus the Revenge, esta pessoa sempre procura alguém para puxar briga e no domingo fui a feliz sorteada, dizendo que eu roubei, plagiei a Niele, que era não é minha e eu não tinha o direito de desenhá-la.

Bem, leitores desta matéria, em nenhum momento em disse que ela era minha. Quando a desenhei e a apresentei aos freqüentadores do Deviantart dos Estados Unidos, França, Itália, Argentina e até da Coréia, eu citei que ela era criação de Marcelo Cassaro, pessoa esta que tenho grande admiração pelos trabalhos e personagens que criou. E citei também até mesmo H.A. como sendo um dos melhores quadrinhos feitos no Brasil nos últimos anos.

Mas, de acordo com a concepção deste garoto, eu e todos os fanartistas não deveríamos fazer desenho de personagens de quadrinhos. E que eu não sei desenhar. Bem, não me considero nenhum Shunya Yamashita ou Masamune Shirow da vida, nunca me considerei, mas acho que criticas deste tipo: “Você não desenha nada. Meu primo no primário desenha melhor que você.”, deveriam ser ditas por pessoas que tenham conhecimento sobre desenho ou que ao menos desenhem algo.

Pedi que nos mostrassem algum art feito por ele, para que o pessoal avaliasse. Nem preciso dizer que ele não desenhou nada, mas curiosamente mostrou um art do Batman dizendo que fora feito por um amigo dele. Só que ele esqueceu de mencionar que o amigo dele era MARC SILVESTRI. Francamente, ele acha que eu não reconheceria o traço do mestre Silvestri?

Agora falarei desta rapaz, Kamus the Revenge, (também conhecido como Hadar, Ikki, Aracne entre outros inúmeros personagens que cria para entrar nas comunidades que foi expulso) pessoa mal vista no meio RPG orkutiano e até mesmo expulso de várias comunidades por sua postura de sempre procurar brigas com os membros.

Se um chat começa a fluir na paz, se você elogia uma postagem, uma art ou edição de art, ele aparece para puxar brigas, ofender, começar um barraco. Chegando mesmo a ofender namoradas, esposas, profissões dos freqüentadores do RPG.

Em resumo, um pobre coitado que quer chamar a atenção a qualquer custo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Fic: Amada Minha

 
E finalmente atualizando este blog. Desta vez com um dos primeiros contos que eu fiz com um vilão. Na ocasião eu só tinha o mangá clássico para me basear em escrever sobre Hipnos.
O mangá e um mito que havia lido há algum tempo atrás sobre um de seus amores, a Graça Pasitéia. Quando li o mangá, achei que Hipnos tinha uma expressão mais triste e séria do que seu irmão Tânatos (que parecia amar matar as pessoas). Talvez não gostasse da Guerra ou talvez sentisse falta de alguém. (claro que isso foi antes de ler Lost Canvas e ter outra visão dos personagens. Tânatos continuava sendo mau, Hipnos uma incógnita para mim) Imaginei isso ao escrever esse fic, principalmente após ler um livro sobre Mitologia Grega, e uma história de amor me chamou a atenção. Era a história de Hipnos, que se apaixonou pela Graça Pasitéia, mas era tímido demais para se declarar. Esta é uma livre adaptação dessa história.
As Graças são divindades que nasceram para alegrar a natureza e o coração dos homens. Suaves, ternas, encantadoras e agradáveis. Eram amadas por todos os deuses. Os nomes e o número de Graças variam de região em região, de época em época. Mas Homero menciona que havia duas Graças, Cáris e Pasitéia. Boa leitura.



Amada minha.

ByJuliane.chan

Disclaimer: Saint Seiya e todos os seus personagens pertencem à Masami Kurumada, e as Editoras Licenciadas.



Amada Minha.

Eu sou Hipnos. Aqui estou mortalmente ferido pelos cavaleiros de bronze de Atena. Quem poderia imaginar que um deus sucumbiria tão facilmente nas mãos de mortais tão jovens, mesmo vestindo as Kamuis que nasceram do sangue divino de Atena, não imaginei que seria derrotado.

Ouço a Batalha final sendo travado ao longe, mas meus pensamentos estão distantes.

Lembro-me de que os homens diziam que quando nos aproximamos da Morte, vislumbramos nossa vida inteira em um instante. Mas a única coisa que quero relembrar é aquela época em que os deuses andavam livremente entre o Monte Olimpo e a Terra, éramos supremos. Aquela época mágica em que compartilhei com ela.

Para mim, ela era a mais bela criatura que já andou pelo Olimpo. Aquela a quem meu coração eternamente pertenceria. Pasitéia.

Me lembro da primeira vez em que a vi. Foi durante um dos muitos banquetes do Olimpo. Estava conversando com outros olimpianos, Hermes e Dionísio, quando elas entraram no Salão principal. Belas e encantadoras, as Graças traziam consigo uma imensa alegria que contagiava a todos os deuses ali presentes.
"Quem são?"-indaguei a Hermes.

"Há,há,há...passa tempo demais no mundo inferior com Hades e seus irmãos, Hipnos"- zombou de mim o deus mensageiro.-"Aquelas são as Graças. São as filhas do Grande Zeus. Cáris, aquela de cabelos acobreados e sorriso capaz de encantar legiões de deuses e sua encantadora e formosa irmã Pasitéia."
"São realmente belas."-comentou Dionísio.

Mas não ouvia mais nada, apenas contemplava a Graça de cabelos dourados e olhos cor de água-marinha, Pasitéia. Ela parecia um galho de pessegueiro em flor, balançando levemente à brisa, uma flor que ainda desabrochava.

"Pasitéia."-repeti seu nome como se ele fosse mágico, pois para mim era.

De repente, para o meu contentamento e terror, a vi se aproximando de nós, abrindo o sorriso mais encantador que já havia visto.

"Saudações."-como sua voz era melodiosa e doce.-'Hermes. Dionísio. Quem é esse que os acompanha? Não me lembro de tê-lo visto antes."

Hermes, sempre irreverente foi o primeiro a se manifestar:

"É por que, minha cara Pasitéia, Hipnos vive a maior parte do tempo nos Campos Elísios. Raramente sai de lá e vem nos visitar."

"Hipnos."-como amei ouvir meu nome ser pronunciado por ela.-"Você é o deus do sono?"

Quando abri minha boca para responder, a tragédia:

"E-e-eu...b-bem...s-s-s-ou-..."

As palavras não saiam! Nem meus amigos acreditavam no que ouviam, isto é, no que não ouviam! Estavam acostumados a me ver e ouvir falar tão eloqüentemente, e não era a primeira vez que conversava com uma mulher. Mas, simplesmente, não conseguia articular nada. Eu via o rosto adorável daquela bela jovem e não conseguia falar! Senti minhas mãos suarem, minha garganta secar!

E então, eu falei:

"Com licença!"-foi o que consegui dizer, antes de sair dali o mais rápido que pude, com as faces vermelhas pela vergonha que passei. Deixando todos por entender a minha atitude.

Depois que me afastei do Salão, e dos sons alegres dos festejos, me amaldiçoei por não conseguir falar com ela. Idiota! Ela devia me achar um idiota! Com certeza estava rindo de minha covardia, ao lado de Dionísio e Hermes.

Sinceramente, não teria coragem de vê-la novamente e correr o risco de ouvi-la fazer chacota de mim.
Semanas se passaram depois do meu infeliz comportamento. Estava novamente visitando o Olimpo. Desejava ardentemente rever a bela Graça que não saia de meus pensamentos. Nem dormir direito eu conseguia! Eu, o deus do sono, com problemas para dormir!

Notei que no Salão apenas Cáris estava presente, suspirei aliviado. Mas ao mesmo tempo fiquei entristecido por não vê-la novamente. Então, no exato momento que eu levava uma taça de vinho aos meus lábios, estanquei estarrecido. Pasitéia acabara de entrar, vestia apenas uma túnica transparente, colada ao corpo, insinuando suas formas delicadas e perfeitas. Ela queria torturá-lo?

Bebi todo o conteúdo do cálice de uma só vez. Estava tenso. A aura que a rodeava era tão vigorosa que chegava a afetar as pessoas à sua volta. A imagem dela em meus braços, sob os lençóis de um leito surgiu-me à mente. Imediatamente, sai do Salão.

Hermes me alcançou:

"O que foi, amigo? Parece perturbado. Já sei. Foi a visão da bela Pasitéia."

"Q-que?Não diga bobagens! Vim apenas andar um pouco!"

"Ah, meu amigo. Sou muito observador! Sei que está apaixonado por Pasitéia. Por que não se declara a ela?"

"Cale-se. Deixe-me sozinho!"

Afastei-me o mais rápido que pude.

Naquela tarde, Pasitéia estava em minha mente, comecei a caminhar sem destino por entre as árvores na direção à uma fonte. Ao me aproximar, por entre as folhagens, escondido como se algum delito grave tivesse causado, parei diante de uma visão.

Pasitéia se aproximava daquela mesma fonte, caminhava mansamente até as águas. A luz que se filtrava pelas folhas do carvalho caia sobre os ombros, o pescoço e o colo alvo dela ajoelhada junto ao lago. Ela começou a se despir e ficou nua. Logo entrou nas águas da fonte e começou a nadar. Inocente aos olhos que a seguiam. Soltou seus longos cabelos, que se espalharam num véu de ouro. De tão límpida, a água refletia sua beleza.

Ao vê-la, prendi a respiração.

Mas, quando uma corça pareceu, a Graça sorriu e estendeu a mão para tocá-la. A criatura permitiu o toque. Riu como uma criança diante de uma nova descoberta sobre o mundo, jogando os cabelos para trás e, sob a carícia do sol, pareciam feitos de luz.

Eu, que a observava oculto pelos ramos das árvores, descobri uma felicidade intensa na quietude da cena. Permaneci imóvel, temendo que algum movimento brusco meu quebrasse a harmonia.

Depois de horas se banhando, Pasitéia estendeu-se na relva para descansar e adormeceu.

Foi então que me atrevi a sair de meu esconderijo. Minha respiração suspensa, cuidando de não acordá-la, me aproximei. Quis tocar seu rosto cálido, mas temi sua reação, e ali fiquei parado, unicamente a adorá-la.

Ela mexeu um pouco, parecia que iria despertar, então desapareci na floresta.

Caminhei solitário, com o pensamento dominado pela imagem de minha amada em toda a sua beleza. Sem coragem para me confessar, guardei segredo desse amor. Temia ser rejeitado, jamais suportaria descobrir que ela não me queria.


Então um dia, a esperança.

Estava voltando do Mundo Inferior, minhas visitas ao Olimpo estava ficando mais freqüentes, pois só o fato de ficar próximo à ela trazia certo conforto a meu coração. Hera me chamou:


"Hipnos, preciso que me faça um favor."

"Digam-me, senhora. Em que posso servi-la?"

"O conteúdo dessa conversa deverá permanecer em segredo. Se me ajudar, concederei o que desejar, como recompensa de seu ato."

O que eu desejasse? Só desejava ter a coragem para conversar e declarar-se a Pasitéia.

"Farei o que me pede."-respondi com todo o respeito.

"Desejo que faça Zeus adormecer durante a Guerra de Tróia. Os gregos estão sendo vencidos e eu quero auxiliá-los. Mas para isso, preciso impedir que meu marido interfira em favor dos troianos."

Seria arriscado. Se Zeus descobrisse o que estava acontecendo poderia me punir severamente. Mas, para ter Pasitéia, valeria a pena sofrer qualquer punição. Então eu aceitei ajudar Hera.

"Quero apenas que me ajude a conquistar o coração de Pasitéia."

Hera sorriu com meiguice, parecia que já desconfiava qual seria o meu pedido. Aquele linguarudo do Hermes!

Naquele dia, depois de Zeus e Hera terem feito amor, enquanto o grande senhor do Olimpo dormia em seus braços, lancei meu poder e o grande senhor dormiu um sono profundo e sem sonhos. Abandonado os trabalhos de guerra, deixando os troianos entregues aos próprios recursos, possibilitando os gregos de se recuperarem.

"Bom trabalho, Hipnos. Agora vá. Sua amada o espera."

Encorajado pelas palavras de Hera, fui ao encontro de minha amada.

Anoitecia quando a vi numa clareira, Sentada numa pedra, envolta pela noite. Parecia que me olhos se encontraram e me aproximei.

"Você demorou muito, Hipnos.'-ela foi logo dizendo.-"Cheguei a pensar que não suportava a minha presença. Temia que não gostasse de mim. Hera me disse que você estava apaixonado por mim, mas a sua timidez o impedia de se declarar. Fiquei tão feliz, porque eu...eu também estou apaixonada por você. Desde a primeira vez em que o vi."

Peguei suas delicadas mãos e as beijei:

"Me desculpe, minha querida."

Nos beijamos de leve, senti que ela estremeceu e pressionei minha boca contra a dela, querendo intensificar a sensação maravilhosa que tomava conta de todo o meu ser.

Senti-me o mais feliz dos deuses.

E, enquanto Zeus dormia, Pasitéia e eu nos amamos sob a luz da lua.

Lágrimas quentes rolaram em meus olhos, sinto o gosto de sangue e minha garganta. Desde que fui aprisionado na caixa por Atena, com meu irmão e meu senhor Hades, eu nunca mais a vi. Meu coração está apertado, morrerei sem ver seus belos olhos da cor da água-marinha, sem sentir a maciez de seus cabelos dourados, o perfume de seu corpo, o calor de seus braços.

Estaria sentindo minha falta tanto quanto sinto a dela? Estaria viva? Rogo para que um dia, nos reencontremos em uma nova vida.

"Pasitéia..."

Então, Hipnos cerrou seus olhos, esperando morrer. Mas, ele sentiu que alguém depositou de leve a mão sobre sua testa, sentiu-se mais leve e revigorado. Abriu os olhos e encontrou o rosto de Pasitéia, ela lhe sorria e estendeu sua mão para ele.

"Você me fez esperar de novo."– ela o repreendia.- "Venha. Vamos voltar para casa."

"Me desculpe, minha querida."

Hipnos se deixou levar pela amada, aonde iam eles não sabiam. Mas isso não lhe importava. Estavam juntos. Ambos avançaram juntos, em busca das alturas, em busca do sol, sabendo que o alcançariam.

Fim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

OS 20 MELHORES E PIORES ANIMÊS DE TODOS OS TEMPOS.


A Animê News,empresa americana que trabalha diretamente com o Japão,fez uma lista listando os piores e melhores animês já lançados no mundo.
Muitos não concordaram com as escolhas.

Lista dos Melhores:Os melhores animês já lançados.

São 5 animês eleitos.
Foi uma competição dura,de um lado,o animê mais famoso do mundo:Naruto! (ARGH!)
De outro,um dos mais famosos:Dragon Ball Z.Naruto levou a taça do melhor animê já lançado no mundo.Em 2º,Dragon Ball Z.
A disputa pelo 3º lugar ficou com Death Note,Bleach,Inuyasha e a surpresa:Yu Yu Hakusho.

Confira a lista:
1ºNaruto <<<<(alguém além de mim discorda disso? o.ó)
2ºDragon Ball Z
3ºDeath Note
4ºInuyasha
5ºYu Yu Hakusho

Bleach ficou de fora.

Na minha opinião,a lista está injusta! Não considero Naruto uma obra prima para ser considerado "o melhor". Há animê muitos melhores como Macross , Full Metal Brotherhood, D.Gray Man e Reborn deveriam estar nesta listagem. Sem desmerecer os fãs de Naruto, mas quem votou deixou-se levar pelo famoso modismo.


Lista dos Piores:Essa ninguém quer ganhar!

1ºDigimon
2ºViewtiful Joe
3ºPokemón
4ºDragon Ball GT (merecido..XD)
5ºHacker 22

OUTROS PRÊMIOS:


Melhor Trilha Sonora:Inuyasha(DISPARADO)
Melhor cenas de luta:Yu Yu Hakusho
Melhor triângulo amoroso de sempre:Inuyasha,Kagome e Kikyou.
Melhor Beijo:Inuyasha e Kagome,filme 2.
Melhor Personagem já visto em animê:Kurama Youko(injusto,na minha opinião)

Pior Trilha Sonora:Pokemón
Pior Cenas de Lutas:Viewtiful Joe
Prêmio pior personnagem já visto:Chi Chi (XD!...tem outros piores!)

Fonte: Animê News, mas comentários são meus.




domingo, 25 de outubro de 2009

Crossover CDZ/Bleach e DVD de Lost Canvas

*Tomando um café delicioso neste momento*

Bem, e agora notícias de Saint Seiya: O terceiro DVD e o terceiro Blu-Ray do anime do Lost Canvas foram lançados oficialmente hoje no Japão. Contendo os episódios 5 (Rosas Envenenadas) e 6 (Cortejo Fúnebre de Flores), este lançamento traz também um card especial do Cavaleiro de Ouro Albafica de Peixes.
Olha que lindoooooooooooo! *___* 
Saiu os Episódios  5 e 6 de LOST CANVAS! *O*
Cliquem no link abaixo!

http://www.cavaleirosdozodiaco.org/

 





Fanfic: Gênios Explosivos.

Fic Crossover entre Saint Seiya e Bleach, de presente para Arthemisys...bem atrasado, mas o que conta é a intenção.
Disclaimer: Saint Seiya e Bleach pertencem aos seus criadores e Empresas licenciadas. Pois se fossem meus, eu roubava o Saga e o Byakuya (ele é meu!! oó-...b y...Ka-chan ) para mim.
Digamos que esta história se passa antes da saga dos Bounts.
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Karakura.

Loja do Urahara.

Fazia apenas alguns dias que Abarai Renji havia chegado ao mundo real e embora apareçam hollows ou alguma missão especial vez ou outra, estava entediado. E o tédio lhe dava fome.

Pé ante pé, aproveitando que não havia ninguém na casa, Renji se aproxima da cozinha tendo como alvo a geladeira.

“-Huhuhuhu! Eu não almocei como queria, mas agora que estou sozinho, vou comer tudo o que eu quero! Será que tem salgadinho?” - pensava com um sorriso vitorioso nos lábios.

Ele estende a mão para abrir a geladeira e ao fazê-lo tem uma grande surpresa.

-O-O QUE? – gritou surpreso.

Dentro da geladeira vazia, um bilhete: “Mais sorte da próxima vez, Sustentado-Parasita-san. Assinado: Jinta!”

-A-aquele moleque!! - ergueu o punho furioso.

Foi quando o celular começou a tocar, indicando que um hollow havia aparecido. O ruivo suspirou frustrado.
-Tsc! Vou dar um jeito nisso e depois vou me vingar daquele moleque!

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Rodoviária de Karakura.

Um rapaz de cabelos azuis escuros descia no terminal rodoviário, olhando tudo com cara de tédio. Notou as pessoas na rua, após sair do prédio, não achou nada de anormal. Jogou a mochila no ombro e começou a andar pela calçada.

-Hunf! Acho que o Santuário está meio paranóico. - falou consigo mesmo, caminhando. - Não parece que tem algo sobrenatural agindo aqui. Não sinto cosmos malignos e o ambiente parece tranqüilo.

Então começou a relembrar da reunião na mansão Kido, onde Atena pedia a ele um favor.

-Ikki, gostaria que você investigasse a cidade de Karakura. - dizia a reencarnação da deusa.

-Cidade de Karakura? Mas por quê? - indagou curioso.

-Tem havido certa alteração nas energias daquele lugar. - ela reparou no olhar descrente dele. - Bem, resumindo. Fatos estranhos têm ocorrido, e não parecem naturais. Gostaria que fosse até lá para termos certeza de que tudo está bem com as pessoas daquela cidade e se não é algum inimigo, Ikki.

-Hmmm. Está bem. Eu irei.

Agora estava em Karakura, e nada denotava que havia perigo por perto. Concluiu isso ao parar perto de uma cerca de tela e observar um grupo de crianças jogando futebol.

-Tudo tranqüilo.

Foi neste momento, que sentiu uma presença que não sabia bem de onde vinha, mas estava perto dali. Era uma energia poderosa, mas não a reconhecia como Cosmo.

“-Essa energia, vem daquela rua.” - concluiu correndo até ela.

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Com um golpe único e certeiro, Renji elimina mais um hollow que causava problemas naquela parte da cidade. Não teve problemas com isso, já que tal criatura era pequena e de pouco poder.

-Há! Isso foi fácil demais! - dizia a si mesmo, apoiando a sua Zabimaru no ombro. - Tão fácil que só aumentou a minha fome... - lembrou-se das guloseimas que estavam na geladeira e foram escondidas. - Aquele moleque! Tsc, bem... não adianta reclamar. Ainda bem que eu trouxe meu gigai.

Ele olha para o seu gigai encostado a um muro.

-Hmm, Kurosaki não mora muito longe daqui. Será que ele está em casa? - falava sozinho, se aproximando de seu corpo para voltar a usá-lo. - Se estiver, acho que vou...

Ficou estático ao ver um rapaz ao lado de seu corpo, curioso por estar ali. Aquela pessoa ajoelhou-se no chão e colocou o dedo no queixo, examinando o gigai.

“-Era daqui a energia que eu senti. Ela sumiu de repente, mas sinto algo...não sei dizer. Hmmm...” - cutuca a testa do gigai. - “Está morto?”

-Ei! Acorda! - falava Ikki, cutucando o gigai de Renji.

- O que aquele cara está fazendo? - Renji não sabia o que fazer. Olhou para os lados, pensando em uma maneira de distraí-lo. Não encontrou nada. - EI VOCÊ! FIQUE LONGE DO MEU CORPO!

Para a surpresa de Renji, Ikki parecia ter escutado o que ele gritou. O cavaleiro ficou de pé muito rápido, olhando exatamente em sua direção.

“-E-Ele está me vendo?” - suando frio. - “Terá energia espiritual? Eu não sinto nada nele!”

Ikki estreitou o olhar.

-Hmm...interessante. - falou sozinho. - Sinto a presença de alguém, mas estou sozinho com este cara...será um fantasma? - Renji fica boquiaberto, depois Ikki pareceu reflexivo. - Talvez o fantasma de algum animal...um cachorro?

-QUEM VOCÊ ESTÁ CHAMANDO DE CACHORRO, SEU IDIOTA CURIOSO? - berrou indignado, mas por instinto desvia do soco que Ikki deu em sua direção. - Desgraçado! Será que sabe quem eu sou?
Com o braço estendido, Ikki parecia pensar no próximo passo. Distraiu-se com o barulho provocado por um gato e Renji correu para o seu gigai, entrando nele rapidamente.

Assim que entrou em seu corpo, Renji levantou-se ainda furioso com o estranho.

- EI! Quem você pensa que é para ficar cutucando os outros? - perguntou apontando o dedo para Ikki.

Ikki fitou o ruivo sem entender. Depois fez uma cara de quem não estava ligando para alguém que estava começando a acreditar que era um maluco e ergueu uma sobrancelha, demonstrando que detestava que lhe apontassem o dedo daquela maneira.

-Um idiota que dorme em qualquer canto da rua?

-O QUE? - furioso, o shinigami encarou Ikki de maneira mortal. - Quer brigar é?

-Por que eu desperdiçaria meu tempo com um tonto? - devolvendo o olhar mortal.

-Heh! Normalmente eu não gastaria minha energia com um fracote como você, mas minha honra exige que eu encha sua cara de porrada.

-Você e quem mais? - Ikki sorriu sarcástico. - Engraçado. Minha honra também me manda encher seu traseiro de chute!

-ENTÃO VEM PRA CIMA, BAKA NA! - com o punho na direção do rosto de Ikki que desvia, para a surpresa do shinigami. - Nani?

-Aqui! - Ikki aparecia do seu lado, dando um chute com a intenção de atingir o estômago de Renji, que o evita agilmente, deixando o cavaleiro admirado. - Mas o que?

Ambos se afastaram para em seguida desferirem chutes no ar ao mesmo tempo, bloqueando simultaneamente o golpe. Caíram ao chão e ambos ficaram em posição de defesa, esperando que o adversário fizesse o primeiro movimento.

"-Este ruivo é mais forte do que imaginei!" - Ikki refletia, sem tirar os olhos dele. - "Será que passou por algum treinamento semelhante ao meu? Seria acaso um cavaleiro? Hmmm...ou estará envolvido nos casos estranhos que Saori mencionou?"

"-Tsc! Quem será este cara? Ele é rápido e golpeia forte!" - Renji o fitava sério. - "Hmm, ele emana um tipo de energia...não é parecida com as energias espirituais que normalmente posso sentir, mas é muito forte! O que será ele? Estará envolvido com Aizen-taichou?"

Os homens se fitavam como feras prontas para atacar, quando de repente o celular de Renji toca.

-Ah, espera aí! - Renji procurando o celular nos bolsos. - Ainda não acabei com você. Não fuja, hein? - Ikki presenciava a cena com uma gota enorme na cabeça. - Droga! E essa agora?

Renji não deixa de soltar uma imprecação. Um hollow logo agora? Se saísse correndo ia parecer que é um covarde, se ficasse este hollow poderia machucar humanos ou devorar espíritos indefesos.

-OW! Eu tenho que ir agora! - avisou Renji guardando o celular.

-Vai fugir da nossa luta?

-Tenho coisas mais importantes, seu imbecil! - já se irritando com Fênix.

-Sei. Mamãe ligou mandando voltar pra casa antes de anoitecer? - zoando Renji com um sorriso zombeteiro
.
-O QUE VOCÊ DISSE? - o celular toca de novo. - DROGA!

-Tsc! – ignorou-o, dando as costas para ele.

-NÃO VAI ME DEIXAR FALANDO SOZINHO, SEU BAKA!

-Não tenho tempo para filhinhos de mamãe. - acenando ainda de costas.

-Seu... – o celular toca de novo. - MALDITO HOLLOW!

Ikki parou de andar ao ouvir as últimas palavras e, ao se virar, vislumbrou Renji saltando a uma altura surpreendente e sumindo de suas vistas.

-Hollow?

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Renji deixou seu gigai encima de um telhado, de um pequeno prédio comercial e estava observando ao redor, tentando descobrir onde o hollow poderia estar. Olhou ao redor e não sentiu nada anormal.

-Hunf! Isso é estranho! - volta a olhar para o celular em sua mão. - Será que isso está quebrado?

Com um salto chegou ao chão e caminhou por uma rua lateral, percebeu que havia um local onde pessoas depositavam flores. Olhou curioso para aquilo.

-Um shinigami! Graças a Deus! - Renji olhou para trás e viu o espírito de uma velha. - O senhor chegou a tempo!

-Ei, senhora! Notou se tem aparecido algum hollow por aqui?

-Hollow? - ela pareceu assustada. - Sim! Aquele monstro horrível! Chegou aqui e atacou muito rápido. Devorou três espíritos que vagavam por esta rua e seguiu para o parque, perseguindo a criança.

-Criança?

-As pessoas colocam flores para uma criança que foi morta neste beco há muitos anos atrás. - dizia a velha. - Ela sempre fica aqui. Aquele monstro horrível apareceu e foi pavoroso! Eu pensei que iria me pegar também, mas me ignorou para perseguir a pobre menina! Salve-a, senhor Shinigami... por favor!

Ela apontou na direção das árvores de um parque.

-Hmm...não se preocupe. Eu vou cuidar deste hollow! - correu na direção apontada. A senhora sorriu.

Renji corria por entre as árvores, mas parou em uma clareira tentando se localizar. Estranhamente não sentia a presença nem do hollow nem de nenhum espírito. Ficou imaginando se havia chegado tarde.

Parou de andar ao pressentir algo. Notou que não estava mais sozinho. Olhou para trás e mal soube o que o atingira com violência. A força do golpe do seu agressor foi tamanha que o jogou a alguns metros de onde estava, rolando ao chão. Mas ergueu-se com rapidez, fitando quem o atacara com expressão de raiva, logo substituída pela de surpresa.

-Você?!

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Ikki fitava o corpo inerte do ruivo. Só que agora com mais cuidado e notou com surpresa que era como se ele não fosse real e sim artificial. Isso aguçou sua curiosidade e imaginou que estaria ligado aos acontecimentos sobrenaturais que Atena pressentira sobre esta cidade.

“-Aquele ruivo... ele possuía uma espécie de energia. Não era igual a um cosmo, mas similar... Hummm... Com certeza era ele quem eu senti naquele lugar e pensava ser um espírito.” - pensava observando a vizinhança do alto do prédio em que se encontrava. - “Não deve ser assim tão difícil senti-lo. E se eu me concentrar bem, posso encontra-lo e quem sabe conseguir algumas respostas.”

Concentrando seu cosmo, sentiu a familiar energia e sorriu com ar vitorioso, olhando na direção de um parque. Mas o sorriso sumiu ao pressentir outra energia desconhecida e nada amigável.

Deu um salto e pulando sobre outros telhados, foi na direção da energia.

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No parque, Renji não acreditava em quem o atacou. Fitava aquela mesma velhinha que vira naquela rua e que implorava pela sua ajuda.

-Mas o que está havendo?

-Vocês shinigamis são tão confiantes que nem sequer notam a minha presença. - dizia a velha, com uma expressão sombria. - Mas isso é muito bom para mim, já que gosto muito de comer almas de shinigamis.

-Que? - Renji olhou ao redor procurando sua Zabimaru, que com o golpe que recebera, escapou de sua mão. Ela estava perto da velha e amaldiçoou a sua falta de sorte. - O que é você? É um hollow?

-Sim. - o ar parecia ter mudado com a afirmação dela, e uma sombra gigantesca se projetava atrás dela. - A minha capacidade de mudar de forma e confundir minha energia com a de um espírito normal é muito útil. Posso me aproximar de minha comida sem me preocupar que tente fugir.

-Você é desprezível!

-Sabe, esta cidade tem muita energia espiritual. Ela chega a transbordar! Pena que muitos moradores desta cidade nem sequer desconfiam do poder que carregam, mas... nós sentimos. - dizia a idosa, agora assumindo aos poucos sua forma original, e sua voz mudava de tom a cada palavra. - E isso tem atraído tantos shinigamis também! Ah, esta cidade é o lugar ideal para que eu me alimente até me fartar!

Logo assumira a forma original. Um hollow enorme, de quase três metros de altura, que parecia com algum tipo de lagarto gigante, mas com dois membros superiores extras. Na testa da mesma, uma espécie de terceiro olho, que permanecia fechado.

-E você tem uma grande energia em seu corpo que está me deixando com muita fome. - fala, e a enorme língua que lembrava a de um réptil, passava pelos dentes que ficavam a mostra.

-Tsc! - Renji dá um sorriso confiante. - Você fala demais, sabia?

Utilizando-se de shumpo, ele corre bem rápido. Rápido demais para que o hollow acompanhasse e logo estava de posse de sua espada.

-Bem, vamos terminar logo com isso. Estou com fome e quero chegar em casa antes do jantar. - aponta Zabimaru para ele. - Adeus.

Estranhamente, o hollow não aparentou surpresa ou receio com as palavras ou a postura de Abarai, parecia até relaxado. Vendo que a criatura não demonstrava menção alguma de atacar, Renji resolve dar o primeiro passo e ataca primeiro.

Quando se aproximava do hollow, espada em riste, pronto para dar o golpe derradeiro, o terceiro olho na testa da criatura abre-se e o fita. Um brilho intenso emana dele e Renji sente que seu corpo foi atingido por milhares de volts de uma vez. Ele segura o grito e cai ao chão, sentindo o corpo todo dolorido e estranhamente dormente.

-O que foi...isso? - ele tenta erguer-se e sente o corpo pesado. - Meu corpo...parece que estou pesando toneladas!

O hollow começa a rir, e Renji vira o rosto em sua direção furioso.

-É assim que eu pego shinigamis. - dizia a criatura. - Quando meu terceiro olho abre, ele deixa o shinigami tão fraco como um filhote de gatinho... e ele não pode fazer nada para me deter em seguida.

-Merda! - ele tenta erguer sua Zabimaru, em vão. - Droga!

-Não adianta resistir. Agora, seja bonzinho e me deixe devorá-lo tranqüilamente e...- o hollow estava bem ao lado de Renji, sua sombra enorme projetava-se sobre o shinigami, erguendo uma das garras em sua direção, quando subitamente, pára. - Hmmm? Que energia é esta?

A criatura vira o enorme corpo na direção das árvores. Renji também pressentiu tal presença e se pergunta quem seria, quando arregala os olhos ao ver quem estava saindo por entre as árvores, emanando um tipo de energia monstruosa ao redor do corpo.

-VOCÊ?!

-Ora, ora...isso é algo que não se vê todos os dias. - Ikki sorri de lado, fitando o hollow e olha discretamente para Renji. - Ouvi parte da conversa. Shinigamis...hollows...muito confuso, mas espero que me conte tudo depois que eu salvar seu traseiro desta coisa.

-COMO ASSIM SALVAR MEU TRASEIRO? - Renji gritou indignado. - EU NÃO PEDI AJUDA A VOCÊ E...COMO É QUE ESTÁ ME VENDO AGORA?!

-Talvez seja o fato de que eu já estive no mundo dos mortos várias vezes, ou por ter lutado no Meikai. Talvez seja também porque eu concentrei meu cosmo para tentar encontrá-lo e isso tenha aberto meus olhos para ver o que acontece ao meu redor. Acho que depois irei perguntar a Shaka sobre isso quando eu o encontrar no Santuário.

Renji olhou para Ikki com cara de quem não entendeu nada, depois sacudiu a cabeça como se tentasse assimilar as informações.

-Você tem uma energia espiritual estranha...mas apetitosa. - dizia o hollow esquecendo-se de Renji e caminhando até Ikki. - Acho que vou devorar seu espírito primeiro.

-Hunf! Você pode tentar. - Ikki disse antes de saltar e evitar que o punho do hollow o atingisse. O hollow apenas acerta o chão levantando poeira e terra. - Mas não será uma criatura disforme como você que irá me derrotar!

O hollow olha para cima e vê Fênix descendo sobre ele com o punho que parecia envolto em chamas prestes a acertá-lo. A criatura abre seu terceiro olho, a luz cegante os envolve.

-CUIDADO! - gritou Renji, tarde demais.

Mas é o grito do hollow que chega aos ouvidos do shinigami que surpreso o vê recuar com duas de suas mãos sobre a cabeça, precisamente sobre o terceiro olho atingido em cheio pelo golpe de Ikki.

-I-IMPOSSÍVEL!! - berrava o hollow, que retirava as mãos da cabeça e olhava as manchas escuras em suas mãos, provocadas pelo ferimento grave que recebera. - M-Meu olho! Ele deveria tirar toda a força de um shinigami! Por que..? Por que você não foi atingido? Você...se parece humano, mas não tem a força de um humano...você é algum tipo de deus?

Shinigami e hollow fitam o homem, que permanecia parado, fitando a criatura com desdém.

-Eu não sou um shinigami, idiota. - respondeu calmamente. - Nem deus. Sou um cavaleiro de Atena. Sou Ikki, Cavaleiro de Fênix!

-Cavaleiro? - Renji estava surpreso, pois desconhecia sobre o que ele falava.

-Ei, Ruivo! - Ikki chamou-lhe a atenção - Não me diga que ainda está fraco? Ou terei que terminar o trabalho que deveria ser seu?

Neste momento Abarai pareceu acordar. Sentia novamente seu corpo, não estava mais dormente ou pesado. Quando Ikki atingiu o olho do hollow, cessou sobre ele a influência que minava seus movimentos.

-Não sou um fraco. - ele sorriu fechando a mão em um punho. - Não pedi sua ajuda em meu trabalho e eu não me chamo “Ruivo”! Não se esqueça disso... “cavaleiro”.

Ikki não respondeu.

-Pois este é o nome daquele que vai te ensinar o que é sentir medo! - apontou a Zabimaru para Ikki que nem se mexeu, e em seguida aponta para o hollow. - Eu sou Abarai Renji, tenente do Sexto Esquadrão do Gotei 13!

O shinigami avança a uma incrível velocidade contra o hollow e antes de chegar perto da criatura ele faz um rápido movimento em arco, cortando o ar e sua voz ordena firme:

-UIVE, ZABIMARU!

O movimento do ruivo foi rápido demais. Tão rápido que olhos destreinados ou de pessoas normais, jamais conseguiriam acompanhar. Mas Ikki consegue vislumbrar a lâmina que cresce e se movimenta no ar como uma serpente e que atinge a criatura em dois movimentos precisos e mortais.

O hollow emite um grito tenebroso, tombando para trás com os braços erguidos, como se tentassem segurar em algo. Antes mesmo que atinja o chão, ele se desfaz no ar como se jamais houvesse estado lá, o que chega a impressionar o cavaleiro.

Após concluir seu trabalho, Renji exibe um sorriso confiante enquanto descansa a Zabimaru em seu ombro, fitando Ikki.

-Deve estar chocado com o que viu. Mudo de emoção por ver meu poder, não é? Geralmente pessoas despreparadas ficam assim diante do poder de um tenente dos Esquadrões do Soul Society.

-Não. - Renji cai ao chão, perdendo a pose. - Estava pensando que você não é um inútil qualquer.

-Seu... - Renji levantando-se furioso.

-Yare, yare...que bagunça é essa?

Ambos se viram para o dono da voz que se pronunciava tão calmamente, se abanando com um leque.

-Urahara-san?! - Renji fica surpreso com a presença dele ali. - O que?

-Apenas curioso por sentir a presença de um cavaleiro aqui em Karakura. - respondeu com toda naturalidade, enquanto caminhava até eles. - Mesmo sendo um cavaleiro, fico surpreso que consiga ver um hollow e até mesmo um shinigami. Deve ter tido alguma experiência de quase morte para conseguir isso.

-Digamos que...a morte não gosta muito de mim. - Fênix respondeu.

-O que? Sabe o que é este cara? - apontando para Ikki.

-O que disse? - O cavaleiro furioso pela maneira que foi classificado pelo shinigami.

-Yare, yare...não há necessidade de mais brigas, está bem? Mesmo porque...você deve sua vida a este homem, não é Abarai-kun?

-Gasp!-Renji engasgando.

-Eu vim aqui a pedido de Atena. Ela temia que houvesse algo maligno ameaçando a cidade. - Ikki coloca as mãos nos bolsos e vai caminhando, deixando os dois shinigamis para trás, acenando de costas para os dois. - Terei que dizer a ela que está tudo bem por aqui. Que a cidade está em boas mãos!

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Manhã seguinte...Rodoviária de Karakura.

Todos os passageiros que pegavam o ônibus para Tóquio embarcavam, incluindo um rapaz de madeixas azuladas. Ele estava para embarcar quando escutou chamarem por ele.

-Ei! Cavaleiro!

-Meu nome é Amamiya Ikki. - Ele deu um meio sorriso e se virou. - Não se esqueça disso, Tenente Abarai Renji.

-Tsc! - o ruivo deu um riso debochado. - Não vou esquecer.

-Não me diga que veio até aqui querendo terminar aquela luta? - perguntou caminhando até ele, parando a pouco mais de cinco passos diante do ruivo.

-Não. Eu vim para ter certeza de que iria embarcar mesmo e ir embora.

-Hunf! Não se preocupe, eu não pretendia ficar e tomar seu lugar aqui. Tenho minhas próprias batalhas a travar.

Ikki estica a mão para o shinigami, oferecendo-a para um aperto amigável.

-Sei exatamente o que é isso. - aceitando o aperto de mão oferecido, apertando forte demais. - Espero não te ver mais.

-Eu também. - devolvendo o aperto.

Os dois homens se encaravam, um querendo ver quem iria ceder ao aperto de mão e a dor que esta deveria estar causando.

-Se você acha que eu vou soltar a mão e demonstrar que estou fraco diante de você, é porque não conhece a força de vontade de um shinigami, Amamiya Ikki! - disse entre os dentes, desafiador.

-Eu digo o mesmo, Abarai Renji! Um cavaleiro jamais desiste! - falava entre os dentes, fitando-o.

-Vai perder seu ônibus.

-Eu pego o próximo. Não tem almas para proteger daqueles monstros?

-Tem mais gente neste lugar para fazer isso. Incluindo um subordinado meu chamado Kurosaki. Ele é fracote e não faz nada direito sem mim, mas ele se vira bem. - Na escola, Ichigo Kurosaki espirra do nada, atraindo a atenção dos colegas de classe. - Posso ficar aqui o dia todo.

-Eu idem!

De longe, alguém observava, se abanando com o leque e suspirando de modo desanimador. Ao seu lado uma gata negra de brilhantes olhos dourados, o acompanhava.

-Não vai fazer nada para separá-los, Kisuke? - pergunta o felino.

-Não, Yoruichi-san. - ele suspira e sorri. - Eles vão se entender.

-EU VENCI! VOCÊ FRAQUEJOU E SOLTOU A MÃO! - Renji gritava exultante.

-EU NÃO SOLTEI! SUA MÃO SUADA A FEZ ESCORREGAR! - esbravejava Ikki.

-Admita a derrota!

-Não admito algo que não existe!

Os dois começam a lutar, exibindo suas habilidades marciais diante de uma platéia formada por passageiros e funcionários da rodoviária. A confusão estava armada.

-Um dia... quem sabe? - Urahara diz para Yoruichi, saindo dali discretamente.

-Hmmm, não tenho tanta certeza... - comenta o felino, acompanhando o amigo, deixando para trás os sons de objetos sendo destruídos pela luta entre os dois rapazes explosivos.

Fim.